04 outubro 2005

6ª Jornada


O FC Porto voltou a perder pontos, agora na Madeira. Empatou a duas bolas, e poderia e teria perdido o jogo, não fosse uma péssima arbitragem de Duarte Gomes. Foi claramente o pior jogo da era Adriaanse, ao passo que no Marítimo, a chicotada psicológica resultou em grande. Falta saber se foi um fogacho momentâneo ou se é para manter. O Marítimo entrou em campo a mandar no jogo, com uma dinâmica que o Porto nunca conseguiu acompanhar, e chegou à vantagem com naturalidade, explorando a falta de qualidade defensiva dos portistas, que de há algum tempo a esta parte, venho apontando. Apesar da vantagem, o Marítimo não baixou o ritmo e conseguiu marcar um segundo golo, que foi indevidamente invalidado. Após esse lance, viu ainda ser-lhe escamoteada uma grande penalidade. Sem dúvida, uma péssima arbitragem com prejuízos óbvios para os madeirenses. Na segunda parte, o Marítimo ainda dominou o primeiro quarto de hora, tendo o Porto efectuado algumas substituições e partido à procura do empate. Efectivamente conseguiu-o, e conseguiu até o 1-2, parecendo aí que o jogo tinha terminado. Após o 1-2, os madeirenses viram-se reduzidos a 10 homens, e tudo parecia encaminhado ao gosto do FC Porto. Acontece que o Marítimo não esteve pelos ajustes e num pontapé fora da área aos 89 minutos, restabeleceu a igualdade a duas bolas, havendo ainda tempo para uma segunda expulsão, o que empurrou o Porto para a frente, criando ainda chances para vencer. Mas tudo terminou em empate, fazendo o Porto perder mais 2 pontos no caminho para o título. Que seriam 3 pontos, resultado da 1ª derrota portista, caso Duarte Gomes tivesse apitado à luz das leis que regem o futebol.

Já o Sporting, prosseguiu o seu calvário. Pedeu agora 3-0 em Paços de Ferreira, que apesar das parangonas dos jornais, não justificou tal resultado. Não quero com isto dizer que a vitória não poderia ter acontecido, mas o resultado é enganador. Na 1ª parte, então o marasmo foi completo. Nem Paços nem Sporting, justificaram mais que um puxão de orelhas. Mas o Paços de Ferreira marcou 2 golos. O 2º golo foi um golpe de infelicidade de Beto que tentando cortar para canto, enviou a bola ao poste, restando ao avançado pacense empurrar para dentro da baliza. Já o 1º golo tem mais que se lhe diga. Foi um lance à Carlos Xistra. Livre directo contra a barreira, e o sr Xistra amarela Moutinho e manda repetir o livre. Pena é que a repetição mostra claramente que João Moutinho apenas sai da barreira quando a bola é tocada para o lado, para o remate partir. Lance legal, mal avaliado que custa um golo e um amarelo a João Moutinho. Na 2ª parte o Sporting mandou no jogo, contra 11 jogadores acantonados na área, e levou o 3º golo em contra-ataque quando o Sporting já estava reduzido a 10 homens e nada havia a fazer. Mais 3 pontos perdidos, e para mim, o solidificar da convicção que este ano não dá mesmo para mais. Para outros, foi o avolumar da contestação a José Peseiro, que vai certamente acabar por sair, como se fosse a causa de todos os males. Mas o futebol é mesmo assim, e os adeptos só vêem o imediato.

Já na 2ª feira, o Benfica bateu o Vitória de Guimarães, por 2-1, num jogo em que os lisboetas tiveram mais sorte que engenho. Passo a explicar: o primeiro golo do Benfica é um centro para a área onde Nuno Gomes falha a cabeçada, enviando a bola na direcção da linha lateral, onde encontra Miccoli isolado que atira a contar. Já o segundo é uma deambulação de Simão que remata encontrando as pernas de um vimaranense, traindo assim o keeper do Vitória. Estes fizeram o seu golo, fruto de um estrondoso cruzamento de Mário Sérgio, que em Alvalade infelizmente não fazia coisas daquelas, que encontrou o fantástico Targino a cabecear a contar. Este miúdo ou muito me engano ou vai longe. Rapidíssimo, técnico, buliçoso, tem tudo para ser grande. Assim tenha cabecinha. Na 1ª parte foi um festival vitoriano, com perdidas incríveis de Saganowski, Targino, Benachour e companhia, onde Moreira e mesmo a trave brilharam. No período complementar, o jogo foi morno e o Benfica, sem criar perigo dominou, fruto também das substituições de Pacheco, que debilitaram a força vitoriana. Nota de destaque, para mais uma "tentativa de assassinato" do senhor Petit, a quem não lhe basta ter talento para a bola, sentindo também necessidade de tentar estragar a carreira a Targino, num lance similar ao que precipitou o fim de carreira de Marco van Basten. Simplesmente nojento, senhor Petit! Assim vamos assistindo a nojices deste senhor, semana a semana, sem que nada se faça. Para concluir, Petit acabou agredido, fruto de um destempero de um jogador vitoriano. Adivinhava-se...
P.S. Que inveja não ter Neca e Benachour no time do leão...