19 julho 2005

Grande nó...


É aquilo que o Departamento Jurídico do Benfica tem para deslindar. Começou ontem a ser noticiado que Miguel tinha rescindido o seu contrato no âmbito do período experimental. Confesso que quando li as súmulas jornalísticas fiquei muito céptico das hipóteses de Miguel, e admirado pela estratégia escolhida.
Por uma questão de honestidade intelectual,e na sequência de alguns bate-bocas com o meu amigo lampião/arsenalista, Ribeiro, volto a este assunto e digo o seguinte: após ter demorado meia hora a ler a carta enviada por Miguel ao Benfica, fiquei menos céptico em relação às hipóteses do jogador. A carta está elaborada da forma que sempre esperei que Dias Ferreira, velha raposa em Direito Desportivo, elaborasse. Clara, embora exaustiva e aflorando tudo aquilo que é susceptível de dar ganho de causa a Miguel. Quanto ao período experimental, a questão é extraordinariamente complexa. Pessoalmente tenho muitas dúvidas. Se a interpretação cair para o lado de este ser um novo contrato, a tese do período experimental é capaz de vingar, por muito disparatada que pareça às pessoas que já conhecem Miguel no Benfica há anos. Se não vingar essa interpretação esse argumento cai de imediato. Vai imperar a sensibilidade do julgador e o princípio de livre apreciação da prova pelo juíz. No entanto, Dias Ferreira aflorou outras matérias que me parecem bem mais consistentes que o período experimental.
Vou seguir este caso com muita atenção. Estou ansioso por saber dos argumentos do Benfica. E embora os meus amigos benfiquistas não creiam, com total imparcialidade. Já aqui confessei que intimamente, julguei que Miguel tinha argumentos pouco consistentes, mas Dias Ferreira ultrapassou as minhas expectativas, e partindo do princípio, que o processo vai ser competentemente julgado, deixo já aqui as minhas felicitações ao advogado do Benfica que conseguir desmontar aquela teia argumentativa.
Voltarei ao assunto...