Disciplina ao Lé(o)

A vida às vezes pode ser de uma ironia cortante. Léo Lima veio há poucos dias atrás, quando se confirmou a contratação de Co Adriaanse pelo Porto, congratular-se com a vertente disciplinadora do novo técnico, por contraposição a José Couceiro. A meu ver, foi uma forma feia de "cascar" no anterior técnico, dizendo que este não tinha mão nos jogadores, e regozijando-se por Adriaanse ter fama de colocar os seus jogadores nos seus lugares, disciplinarmente falando.
Como a foto documenta, Adriaanse escolheu justamente Léo Lima para alvo das primeiras duas descomposturas da pré-epoca. Que achará Léo Lima do assunto agora?
De qualquer forma, gostaria de dizer o seguinte: já aqui escrevi que, do que conheço de Co Adriaanse, gosto do seu trabalho e compartilho a sua visão disciplinar de uma equipa de futebol. E não mudo uma vírgula. Mas neste caso, parece-me que agiu mal. No mínimo agiu de forma ligeira e negligente. Num treino aberto à comunicação social, a meu ver, um técnico não deve repreender um jogador da forma que nos foi relatada, neste caso: aos berros, de forma agressiva, ameaçadora e até humilhante para o jogador. Para além da tristeza que o jogador deve sentir por ser repreendido em frente aos colegas, se a história passa para os jornais, pior ainda para o jogador. Acredito também que os jornais até tenham exagerado a situação, mas é por estas e por outras que acho perfeitamente lógico que os treinos sejam feitos à porta fechada.