13 junho 2005

Sporting... estes tempos tão conturbados...


O meu clube passa por momentos difíceis, sem dúvida. Por ter tido um final de época decepcionante? Talvez. Mas não só. Nesta época também houve muita coisa bem feita. Ganhamos mais jogadores jovens, escolhemos um técnico que cometeu erros, mas mostrou que sabe o que faz e a massa associativa também mostrou vitalidade.
Mas há coisas muito preocupantes que se passam. Pessoas como Ribeiro Telles e Eduardo Bettencourt abdicaram dos seus cargos. Carlos Freitas demitiu-se. Porquê? Razões pessoais? Todos eles? Não acredito! A dado momento, o Sporting passou a usar de uma estratégia que implica uma proximidade grande com pessoas pouco recomendáveis. Nunca me revi em Dias da Cunha, mas reconheço que tem feito muita coisa positiva por nós. Mas o certo é que, por ingenuidade ou outras razões, enveredou por um caminho negativo para o Sporting, sem ouvir e atentar nos avisos que os seus pares lhe davam. Consequência: abandonaram por não crer naquela via. Quando vejo os acima citados, mais sportinguistas como Dias Ferreira, de fora e perplexos com o que se passa, fico preocupado. Muito preocupado.
Espero sinceramente, que Peseiro não vá ser engolido no turbilhão de equívocos que se têm vindo a passar. Seria uma pena perder desta forma tão promissor técnico.
Vejo dispensarmos um símbolo como o Pedro Barbosa, vejo sermos pouco correctos com o Rui Jorge, vejo dirigentes a saírem e a falar em autismo de Dias da Cunha. É tempo de, por muita convicção que se tenha que se está a agir bem, se páre, se pense, e se veja se o Sporting está ou não a sair beneficiado. Porque é o Sporting que interessa.
A meu ver está errado este rumo. Por isso, gostaria de ver eleições antecipadas e o regresso dos demissionários. Não é ingratidão, é apenas o que acho melhor para o meu Sporting.